Em 1966, foi inaugurada a primeira Escola Adventista em Umuarama, em resposta às demandas da comunidade adventista local. Inicialmente situada na Rua Dr. Camargo, 4547, a instituição começou com duas salas de aula, oferecendo ensino para as 1ª a 4ª séries iniciais. Denominada Escola Adventista Doutor Vital Brasil, a escola teve como primeira diretora a senhora Eloir Wille, que atualmente reside em Porto Alegre - RS.

As primeiras docentes foram a própria diretora, Eloir Willy, e a senhora Ester Carneato Nanni. Ambas desempenhavam diversas funções na instituição, atuando não apenas como professoras, mas também como zeladoras e secretárias. A senhora Ester lecionava para a 2ª série no período vespertino e para a 3ª série no período matutino, enquanto a senhora Eloir era responsável pela 1ª série à tarde e pela 4ª série pela manhã.

A primeira turma de formandos da 4ª série foi concluída em 1966, com 13 alunos recebendo seus certificados de conclusão. O trabalho das professoras foi amplamente elogiado pela associação, que lhes prestou homenagem pelo cuidado e zelo dedicados à escola. A professora Ester relatou que elas utilizavam um produto específico para manter as carteiras das crianças em excelente estado, evidenciando o comprometimento e a atenção meticulosa que dedicavam à instituição.

No ano letivo de 1975, a escola foi transferida para um novo endereço, na Rua Iguatemi, 3667, onde passou a operar em um prédio recentemente construído, com instalações adequadas e um amplo pátio.

Em 1977/1978, a Escola Adventista mudou de localização novamente, estabelecendo-se na Rua José Teixeira D’Ávila, onde permanece até os dias atuais. Assim como nas instalações anteriores, a escola compartilha o espaço com a igreja local, utilizando as salas do departamento infantil como salas de aula e a nave da igreja como capela durante a semana.

Foi inaugurada com a presença do Departamental de Educação da Época, Pastor Nepomuceno de Abreu.

Segundo relatos, no ano de 1977, a escola expandiu seu currículo para incluir as classes da 5ª à 8ª séries, completando assim o 1º grau, atualmente conhecido como Ensino Fundamental. Naquela época, a instituição contava com um corpo docente composto por 12 professores, além de uma supervisora, uma secretária, uma funcionária e o diretor, Professor Cirilo F. Lopes.

Em 1997, a escola adquiriu um novo prédio adjacente, destinado à oferta de educação infantil. No final do ano subsequente, a instituição foi agraciada com um certificado de qualidade educacional, reconhecendo a excelência de seus serviços e práticas pedagógicas.

Em 1998, o Pastor Elton C. Lima assumiu a direção da escola, que, apesar de seu ensino exemplar, enfrentava uma situação crítica. No ano seguinte, foi determinado que as classes do 1º grau deveriam ser encerradas devido à falta de estrutura adequada. Com o fechamento das turmas e a consequente redução no número de alunos, tornou-se necessário recomeçar do zero.

Nesse contexto, o Pastor Elton e sua equipe convidaram a professora Elci da Silva Paltanin para assumir a direção da escola. Após um período de afastamento voluntário para cuidar de seus filhos, a professora Elci aceitou o desafio de se tornar a nova diretora. Sua chegada coincidiu com um momento de grande dificuldade, com cerca de vinte alunos matriculados. Assumindo simultaneamente as funções de direção e ensino, a tarefa de reerguer a escola revelou-se complexa.

A igreja, em colaboração com a nova administração, empenhou-se na divulgação da escola, promovendo campanhas para preencher as vagas disponíveis. Doações foram incentivadas, e o coral, composto pelos poucos alunos, realizou apresentações em diversas denominações e eventos para promover a instituição. Gradualmente, a escola começou a recuperar-se, aumentando o número de matrículas.

Ainda em 1999, a escola matriculou aproximadamente 75 alunos. No ano seguinte, o número de alunos cresceu para 95, e em 2001, a matrícula inicial foi de 98 alunos. No ano de 2002, o número de estudantes continuou a crescer, ultrapassando ligeiramente a marca de cem alunos.

Em 2000, a escola passou por reformas abrangentes, incluindo a renovação da fachada, a ampliação das salas de aula e a aquisição de novos equipamentos para a cantina, a sala de informática e a biblioteca. No entanto, como é comum ao longo do tempo, houve uma nova troca de direção, e a diretora Elci Paltanin foi substituída (documento escolar arquivado na secretaria).

Após a saída da diretora Elci Paltanin, a escola enfrentou quase três anos de ajustes antes de começar a vislumbrar uma perspectiva de recomeço. Apesar dos avanços iniciais, ainda havia um longo caminho a percorrer para alcançar a plena realização dos objetivos.

Com a chegada de Telma Alexandre à direção da escola, a instituição encontrava-se em um estágio inicial de crescimento. Reconhecendo a necessidade urgente de recuperação, a nova direção agiu prontamente para restaurar a relevância da escola na comunidade. Sob a gestão de Telma Alexandre, a escola experimentou um progresso notável, tanto no aumento das matrículas quanto no desenvolvimento pedagógico. A instituição passou a fornecer à equipe pedagógica recursos adequados para o crescimento intelectual e profissional, resultando em uma recuperação substancial e um desenvolvimento significativo.

Em 2010, a professora Andreia Bertoli assumiu a direção da escola. No dia 3 de junho de 2014, foi realizada uma festa de despedida para a diretora Andreia Bertoli, que foi transferida para a cidade de Guaíra-PR (conforme registrado no Livro Ato 2014).

Em meados de 2016, o Professor David Cavalcante assumiu a direção da escola. Sua gestão foi marcada por uma série de melhorias na infraestrutura, incluindo a substituição de todos os quadros de giz por quadros de vidro mais modernos. O feito mais relevante foi a construção do ginásio e a criação de uma nova área para a Educação Infantil. Apesar de uma redução considerável no número de alunos durante sua gestão, não houve impacto financeiro negativo, graças ao aumento da receita proveniente de boas negociações realizadas pela tesoureira da época, Ellen Marques Vaz dos Santos, e pelo próprio diretor.

O mandato do Professor David Cavalcante foi encerrado em meados de 2020, no início da pandemia de COVID-19, que forçou muitas instituições de ensino a paralisarem suas atividades. Nesse cenário desafiador, o Pastor Guilherme Motta assumiu a direção da escola, enfrentando o grande desafio de manter a instituição em funcionamento.

Diante do fechamento de muitos estabelecimentos educacionais devido à pandemia, a Educação Adventista de Umuarama, assim como outras instituições que decidiram não encerrar suas atividades, esforçou-se ao máximo para continuar operando, utilizando o sistema de ensino online. Com a tecnologia a seu favor, e apesar das dificuldades impostas pela situação, a escola continuou a oferecer ensino com dedicação e cuidado. O corpo docente demonstrou grande adaptabilidade e criatividade para engajar os alunos e garantir a continuidade do aprendizado, mesmo diante das adversidades.

No ano seguinte, o cenário começou a mudar, e a escola retomou as aulas no sistema híbrido. Com 50% dos alunos presentes em sala de aula e 50% participando online, os professores tiveram que se adaptar às novas circunstâncias, equilibrando suas atividades entre a sala de aula e a tela do computador simultaneamente. A necessidade de manter distanciamento social impôs a restrição de abraços, carinhos e interações afetivas, além da limitação das atividades de interação. A escola se adaptou a essas mudanças, encontrando maneiras de celebrar aniversários e realizar visitas aos alunos.

Apesar das dificuldades enfrentadas, a escola foi reconhecida como a melhor instituição de ensino particular na Educação Infantil e no Ensino Fundamental 1.

Neste mesmo período, a escola se despediu do Diretor Pastor Guilherme Motta, que foi chamado para pastorear um distrito de igrejas, e deu as boas-vindas ao Professor Tiago Nascimento. O Professor Tiago assumiu a direção no final da pandemia, enfrentando os desafios impostos pelo cenário difícil causado pelo vírus.

Durante sua gestão, o cenário gradualmente melhorou, permitindo o retorno de 100% dos alunos às aulas presenciais, com todas as medidas preventivas necessárias. O Professor Tiago implementou algumas transformações na escola e aspirava expandir a instituição para incluir o ensino médio. No entanto, ele não permaneceu para concretizar esse projeto, pois foi chamado para atuar em São Paulo.

Em 2024, a escola passou por um período de renovação significativa. Praticamente toda a diretoria foi substituída, e novos membros foram incorporados à equipe, incluindo tesoureiro, vice-tesoureiro, diretora, vice-diretor e alguns novos professores. A Professora Carmen Rosane Ramos Cesar assumiu a direção com uma visão inovadora e uma série de projetos para a Escola Adventista de Umuarama. Entre as mudanças iniciais, destaca-se a ampliação do prédio infantil com a construção de uma sala ampla para o contraturno.

No início de sua gestão, a Professora Carmen Sezar também se envolveu em um momento de grande comoção nacional. Em maio de 2024, uma grave catástrofe atingiu o Rio Grande do Sul, com fortes chuvas que causaram o rompimento de barragens, resultando em inundação, destruição de casas, plantações, animais e perda de vidas humanas. Movida pela misericórdia e pelo amor ao próximo, a Escola Adventista de Umuarama se mobilizou para ajudar a região. A escola organizou um mutirão de apoio e os alunos escreveram cartas de conforto e amizade para as vítimas.

Esse ato de solidariedade foi um momento marcante para a comunidade e para a escola, que se engajou ativamente na ajuda aos necessitados. Apesar das distrações causadas por esses eventos, a Professora Carmen Sezar continua a trabalhar para realizar o projeto de expansão da escola, com o objetivo de implementar o ensino médio e, futuramente, transformar a instituição no Colégio Adventista de Umuarama. Espera-se que essa visão se concretize ainda durante sua gestão e traga muitos benefícios para a comunidade e para os irmãos em Cristo.